Quando eu era adolescente, implicava com a lei da gravidade. Coisas da adolescência. Achava a gravidade opressora. Que merda de lei é essa que me obriga a ficar colada no chão?, esbravejava. Passava por uma coisa anarquista. Abaixo todas as leis! As do homem e as da natureza. Ai, adolescentes…
Isso aí passou. Mas eu continuo embirrada com a gravidade. Só que agora é uma birra mais simbólica. Uma birra com o que é pesado. É claro que tem horas que não tem jeito. E a vida vem com umas caixinhas pesadas: tó, taí, não aguenta?, te vira. Mas eu acho mesmo que pode ser uma decisão sua: deixar aquilo pesar ou deixar tudo passar levinho.
Meu psicanalista, sim, sempre ele, tem uma boa. É mais ou menos assim:
– Sabe aquela música da Maysa, um bolerão que diz: ‘Se meu mundo caiu/Eu que aprenda a levantar’? Tem uma versão linda, do Zé Miguel Wisnik, que diz: ‘Se meu mundo cair/Eu que aprenda a levitar’
Quando as coisas pesam, é só se concentrar: levita, vai, levita…
Elas passarão e você passarinho!
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Coisa linda esse post Lô!
Eu ando puta da vida com a gravidade também… ela tá puxando para baixo umas coisas que já foram tão empinadinhas! Hahahaha! Ai essa tal de idade… e não é que ela chega pra todo mundo?
Imagina eu…..kkkkkkkkkkkk!!!Mas estou aprendendo a levitar .Adorei seu post.